LAURACEAE

Ocotea mosenii Mez

Como citar:

Maria Marta V. de Moraes; Tainan Messina. 2012. Ocotea mosenii (LAURACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

11.762,382 Km2

AOO:

24,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Distribui-se no estado de São Paulo (Quinet; Baitello; Moraes, 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)
Categoria: VU
Justificativa:

?A espécieocorre no estado de São Paulo, com EOO de 10.379,73 km², sujeita a quatro situações de ameaça. Segundo informação disponível, a espécie é endêmica das Florestas Ombrófilas e Semideciduais de Terras Baixas e Submontanas, formações bastante deterioradas nasáreas de ocorrência da espécie. Com coletas há mais de 70 anos nos arredores do município deSão Paulo, estima-se que a espécie já não exista nessas áreas. De acordo com os outros registros de ocorrência, a espécie ocorre em apenas uma unidade de conservação.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​A espécie caracteriza-se pelas folhas rígido-coriáceas, estames dasséries I e II com filetes 0,01 – 0,02 cm compr., anteras orbiculares e frutoscom cúpula de margem dupla. Nome popular:canela-preta (Quinet, 2008).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Não
Detalhes:

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: ​Gorenstein (2009) encontrou 12 ind. no ParqueEstadual Carlos Botelho, SP. Foi amostrado 1 ind. em Cananeia, SP (Urbanetz,2010).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: É endêmica das florestas ombrófila e semidecidualde terras baixas e submontana (Assis, 2009).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Árvore de 15 m de alt., monóica. Folhas alternas em ramos vegetativos e aparentementeverticiladas no ápice dos ramos floríferos; lâmina rígido-coriácea, elíptica ouelíptico-lanceolada. Sinflorescênciasterminais, corimbiformes de botrióides. Floresmonoclinas, tépalas papilosas, áureo-tomentosa. Fruto bacáceo, elipsóide, parcialmenteenvolvido por cúpula. Floração: em maio, agosto e outubro (Quinet, 2008). Espécie zoocórica. Considerada secundária tardia (Lima, 2007)

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) high
O Estado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlântica no Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área do Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreas protegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas (favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária), mineração, extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição da água, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes à conservação dos remanescentes da Mata Atlântica no estado de São Paulo (Costa, 1997).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
6.2 Land pollution high
​poluição, lixões, chuva ácida
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.3 Wood very high
​extrativismo clandestino
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining high
​mineração

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
​Em Perigo (EN). Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
​Ocorre no Parque Estadual Carlos Botelho, SP (Gorenstein, 2009).